LR2015 - Amigos do Mário - Ronda 31

Caros amigos, caras amigas,

Antes de começarem a ler esta longa crónica, de mais um ano da Liga Record – Amigos do Mário, peço-vos o favor de irem ao Vosso e-mail responder sobre a presença no jantar anual. Não vos peço justificação, apenas um SIM ou NÃO.

E mais uma vez chegámos ao fim. Com muita pena de todos aqueles que gostam de futebol e principalmente dos que gostam desta brincadeira, seja o motivo qual for. Ainda agora acabou e já estou com a nostalgia das segundas de manhã quando chego ao escritório: “Então, quantos pontos fizeste?”, “Quem era o teu capitão esta semana?”. E eu irritado respondia: “O Patanisca não joga nada! (não estava muito errado)”, “Os CRL dos Guimarães lá tiveram mais um penalti, foram 14 esta época. FDP do André ao cúadrado!”. É a vida mas, o pior disto tudo, é que só daqui a 6 meses é que voltamos a ter bola a sério e a competição volta à ribalta. Sim, não se esqueçam que de Agosto a Dezembro só jogamos duas jornadas por mês, o resto é a SELEÇOM, a equipa dos tristes! Antes do Tondela (amarelo e verde como o meu Norwich), do que desses meninos mimados que só jogam nas grandes competições ou quando estão apertados na qualificação.

Bom, nostalgias à parte chegou a hora do balanço final.

Sinceramente, no primeiro terço do campeonato, cheguei a pensar que, pela primeira vez, iríamos ter um treinador bicampeão (está na moda…). A vantagem de cerca de 30 pontos que o Big Star conseguia manter, semana após semana, sobre os diversos concorrentes levava-me a pensar nisso. Quando a meio da época começou a fraquejar e publica um comentário a dizer que no seu plantel não havia ninguém de valor superior a 4M, percebi logo que era uma questão tempo.

O Queixoperra foi um treinador muito inteligente, aliás, sempre foi conhecido como um grande treinador da LR e, nas edições anteriores em que participou, ficou sempre bem classificado. Nunca desarmou dos primeiros lugares e aliou à sua capacidade técnica o conhecimento sobre os planteis adversários, o que lhe possibilitou gerir o risco de uma forma mais eficiente. Parabéns Ricardo! Foste um verdadeiro mestre.

O Bertus, o Zékitumbá, o Heroes Leitão e o Murtas foram verdadeiros cães de fila que nunca deixaram o Ricardo distrair-se. Foram dignos perseguidores e animadores da luta pelo título. Aliás, já viram o historial destes senhores? Com excepção do Zékitumba todos já foram pelo menos segundos classificados, o Bertus ainda recentemente levantou o caneco. O Zékitumba teve a sua melhor época de sempre, não fosse a sua embirração pelos regulamentos do recoreco (confesso que neste ponto estou completamente de acordo), que lhe proporcionou um arranque em falso, talvez o desfecho tivesse sido outro. Não acredito que voltasses a colocar o Rondom a capitão (este gajo também roubou imensos pontos, com as apostas que fiz nele ao principio. Mas o que queres que te diga, o rapaz é meu homónimo!).

Ao Zékitumba junta-se o Machados FC com a sua melhor época de sempre. Já tinha prometido uma boa época no final da anterior e, agora com a estabilização, dos seus conhecimentos vejo aqui uma potência emergente. Se for tão bom nas tácticas como era com a bola, estamos feitos!

Em sentido inverso tivemos o Ericeira Team com a sua pior prestação de sempre. As más-línguas dizem que o moço descansa pouco e não tem tempo para pensar em bola. São as gajas. As gajas são tramadas e as línguas também…

O Praia da Luz estreou-se na brincadeira e arrebatou o título de Rookie of the Year. Participações mais modestas em ano de estreia tiveram os novatos:

1. Mercenários, que vinha rotulado de craque e de potencial vencedor (afinal esta liga é mais competitiva do que pensamos);

2.  Brinca n.Areia que nunca conseguiu interiorizar os timings certos para a preparação da equipa e respectivas substituições. O rapaz necessita, como se diz agora nas empresas multinacionais, de guidance;

3. Jagozes começou com a pujança toda e que rapidamente perderam gás. Eu pessoalmente até acho que desistiu no primeiro terço da competição. Lá está mais uma vítima das paragens da SELEÇOM… Ao inicio é necessário gás e motivação, não é de jogos a feijões!

Foi interessante ver a luta pelo jantar. O chinês, recem regressado do oriente, vinha farto de DIM SUM e de patos à Pequim e era de prever uma corrida por uma picanha grátis. No entanto, o astuto The Special One não se deixou enganar, colocou um pouco de piri piri no prato do almoço do adversário, que parou para atestar. Pesado, com o bucho cheio de água por causa dos calores e cansado, já não teve capacidade para dar a volta. Contudo deixo aqui o repto para 2016: DESFORRA?!

O amigo Carlos Amaral é o responsável pela gestão das equipas dos manos e dos sobrinhos. Tal como o Zékitumba, é um contestatário à depauperação que as regras deste engraçado jogo têm sofrido nos últimos anos. Esteve quase para não participar mas acabou por entrar no último momento. Temo que sejam mais três equipas bem antigas a deixar a competição. Contudo, o jantar é sempre certo. Aliás, não podemos perder um dos nossos magníficos fotógrafos que, mesmo em edições que não participou, disse sempre presente no momento certo!

O Estrelas Cadentes e o Vialonga estavam a fazer excelentes épocas mas, após o nascimento dos seus filhos, percebi que a coisa ficou mais complicada. O António apesar de um mau inicio estava no ataque ao TOP 10 e o Lopes ao TOP 5. A ambos resta o consolo de verem o seu Benfica tornar-se bicampeão. Ao Lopes devem custar um bocadinho, foi necessário imigrar para tal acontecer! Como é a festa aí em São Paulo?

Fast colombo foi avisado sobre a maldição da taça. Não deu ouvidos e partiu convicto que esse seria um mal que lhe passaria ao lado. Enganou-se, e bem! De facto temos aqui algo que deveria ser alvo de investigação. Mas afinal que raio tem aquele pedaço de metal que trata tão mal quem lhe quer bem e por ele luta um ano inteiro?

Surpreendentes foram as participações das Lagartixas e do Nike SLB. Apesar de não lutarem pelo título, estas duas equipas estiveram sempre focadas e quase sempre em crescente. Bem sei que são dois treinadores muito experientes e com muita tarimba mas, a fase final de ambos foi muito boa.

Barbapapa, Tudo ao Molho e Bebés ao Ataque foram as minhas grandes desilusões. O Bebés porque nunca foi capaz de passar para os vinte primeiros, o Tudo ao Molho porque não se conseguiu aguentar e até foi a minha motivação pessoal para fazer mais e melhor. Meti na cabeça que tinha de lhe ficar à frente e assim fui caminhando semana a semana. O Barbapapa pelo excelente começo que depois se deixou contaminar pela inércia. Sinceramente e, pelo arranque que tinha tido, esperava um final diferente.

Unidos ao Acaso e ramones foram iguais a si próprios. Gostam da brincadeira, de participar no jantar, quando lhes é possível, mas o resto está dependente do arranque. Um mau inicio provoca desmotivação. O resultado é o habitual, para o ano há mais!

O Dynamo de Bykla devia ser promovido de treinador a cientista, tais são as invenções deste homem da bola. Até custa a acreditar que este homem foi profissional. Ora digam lá meus amigos, acham normal ter o Olá John e o Carrallo no plantel? Eu acho que não e, os resultados falam por si. Como diz o outro, “CA GANDA MALUCO”!

Para terminar falta falar dos últimos, o C.I.R.L. e o Duck. O Recreativo do Laranjeiro, apesar de ser um entendido do futebol gosta mesmo é de louras e caracóis, jogos virtuais não é com ele. O Duck, estranhamente passou ao lado. A questão que se coloca é, terá sido um ano pessoal difícil? Fica dúvida. 

Beijinhos, abraços e até Agosto!